Marcelo Barboza Duarte
‘Platão “O Revolucionário”’ propõe uma releitura do pensamento de Platão, destacando seu perfil insubordinado e subversivo na Atenas clássica. A obra parte da análise da Alegoria da Caverna e compara a dialética platônica à postura de Sócrates, para mostrar como crítica, dúvida e ironia se tornaram ferramentas poderosas de resistência aos discursos manipuladores, apontando rumo a um saber emancipador.Embora Platão não se encaixe nas revoluções modernas marcadas por conflito violento, sua proposta de transformar o entendimento e as estruturas do conhecimento configura uma revolta silenciosa contra a ignorância. Ao relacionar emancipação intelectual e transformação social, o livro afirma que educação e formação cidadã são instrumentos essenciais para renovar a sociedade, desafiando a hegemonia dos discursos de poder e dominação.Além disso, a obra rompe com leituras ocidentais e eurocêntricas, adotando hermenêutica rigorosa para reconstruir o pensamento platônico em seu contexto grego original. Ao rejeitar interpretações arbitrárias, mergulha nas dinâmicas políticas, sociais e culturais da Atenas clássica para revelar o caráter verdadeiramente revolucionário da práxis de Platão. Em suma, é um convite provocativo a repensar a cultura, a dinâmica do saber e os limites que separam o indivíduo de uma existência livre e esclarecida.Palavras-chaves: Insubordinação; Subversão; Dialética; Emancipação; Educação; Ironia; Revolução silenciosa; Sabedoria; Ética; Filosofia; Política.