Foussénou Sissoko
A dependência das fontes de financiamento dos EUA está a desestabilizar a resposta global à SIDA. Sobretudo em África, mais de metade de todas as despesas com a SIDA provêm de fontes americanas. Desde janeiro de 2025, o investimento dos EUA na resposta à SIDA tem vindo a diminuir gradualmente, tendo depois cessado definitivamente com o encerramento da USAID em julho de 2025. Parafraseando uma metáfora emprestada do antigo Primeiro-Ministro do Mali, Dr. Choguel Kokala Maiga, 'a luta contra a SIDA foi abandonada em pleno ar pela América de Donald Trump'.A questão colocada por este livro é como negociar uma nova agenda equilibrada com novos parceiros em associação com a procura de novos recursos de financiamento diversificados, por outras palavras, recursos de financiamento inovadores, sabendo que a aposta da ONU para eliminar a SIDA até 2030 já foi perdida. Perante esta nova situação, quais são as opções para lidar com a crise de dependência dos Estados Unidos, particularmente para um continente como África?